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1. |
ARRITMIA ARITMÉTICA
05:11
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2. |
A TEIA
06:22
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Vivo no teu mundo para não ser
A vida que em mim nunca despertou
Penso, mas não é para me exprimir
Estudo, mas nunca te posso contar
Vivo na esperança de nunca esperar
Mais nada do mundo, nunca resistir
Corro, mas não saio deste teu lugar
Choro só uma lágrima...
Abre-se a porta para a inércia do meu corpo
Imóvel, catatónico, vegetativo
Cai a rocha no meio do mar
Incapaz de nadar, afundo-me no negrume
Enquanto teces as malhas em que me vais deitar
Preparas as chamas para me imolar
O vento lava-me o cabelo, e desperta-me
E salva-me do vazio da inexistência
Desperto nu no meio da Mãe
É este o meu lugar
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3. |
FALTA D'AR
03:21
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Falta d'ar, asfixia, asma, bronquite
Atrofio, suor, asma, queda
Sopra-me na cara, levanta-me do chão
Resolve-me a vida, quero vê-la andar para a frente
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4. |
FARPAS
05:05
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Os olhos saturados murmuram asfixiados
Falhas que as farpas deixaram na carne
Roupa que a linha nunca quis coser
Saio de casa para entrar tarde
Corro perdido pelo entardecer
A pele é minha, não te preocupes
A mente dormente nada tem que fazer
Sentado num jardim, à espera do fim
Um gesto sentido até o mundo morrer
Vê o meu rosto mole e cansado
Como um nome cuspido na rua
Usura, pedaço de carne tão crua
A mente dormente feita farrapo
Os olhos saturados murmuram asfixiados
Cheira o sangue sobre a terra
Tão longe do verde nascente
Sou ração que o verme não quis comer
Sou quem deixa o meu ser doente
És como eu e nunca hás-de saber
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5. |
MUNDO EM RETALHOS
11:13
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Vou pisar essa estrada
Eu não te devo nada
Vais-me pisar no chão
Só porque eu digo não
Não saio desta casa
Eu não te devo nada
Vais-me atirar p'ró chão
Só porque eu digo não
Os meus dias que ainda vêem
São meus para construir
O mundo é feito de retalhos
Sou eu quem os vai coser
Os nossos dias que ainda vêem
São nossos para os construir
O nosso mundo é feito de retalhos
Somos nós quem vai coser
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6. |
FOI-SE PERDENDO
04:38
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Não queria comprar mágoas
Já as tinha de sobra
A sombra do que tinha
Foi-se perdendo na estória
Recrutou os contos todos
Para as gentes instruídas
Educou os que faltavam
Com esperanças destruídas
E sonhou
Mas parou
Não sorriu
Desistiu
Os soldados carregavam
E os ministros dormiam
A sombra do mundo tremia
Foi-se perdendo na vida
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7. |
ANTROPAUSA
06:26
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Tenho de morrer p'ra voltar a andar
Vou desaparecer, vou-me evaporar
Já não sei esquecer o sol que te faz
Mais um pobre ser, sem eu ser capaz
De te olhar e ver quem tu sempre és
Porque me esqueci de pisar com os pés
Esta rua que não sabe falar
Mas se ela pudesse estaria a gritar
A rua tem encontro marcado com a raiva
Haverá sangue outra vez
Sai-me do caminho, quero extrapolar
É um leve carinho que me faz saltar
Para outro buraco fundo demais
A casa do fim onde tudo é jamais
A tua estrada foge da minha
Será que um dia vou receber
Aquela facada que p'ra mim caminha
Só por um fio é que eu sei viver
Quero-te longe
Quero-te perto
Não quero nada
Não sei crescer
O vão da escada olha-me torto
Eu já estou morto, não posso morrer
Nas minhas costas vejo as dos outros
Traz-me um espelho agora
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8. |
O CÉU JÁ NÃO SERVE
17:20
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O corredor é agora os meus pés
Passas lentamente onde eu paro ofegante
Silêncio dos olhos sem espectro brilhante
As vozes na terra, apatia incessante
O céu já não serve como fim distante
É antes refúgio e a rouquidão
De mil palavras que escutas nos passos
Que dás na estrada em construção
O céu já não serve como fim distante
Paro outros pés no meu rio
Acho a alegria que há no constatar
Miséria da linha que me ata os braços
Veias que nunca param de gritar
São os berros do dia apesar do luar
Nunca te serviu de nada o pensar?
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a-nimal Lisboa, Portugal
explosão poética sem a palavra. pedra atirada sem nunca chegar ao chão. rock em todas as línguas do mundo cantado em
português. punk-psicadélico-rock-prog.
André Calvário - bateria, voz
João Sousa - guitarra, voz
Zé Santos - baixo, voz
Tiago Eira - synth
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